terça-feira, 6 de abril de 2010

Prólogo - New Generation

Nunca houveram tantas pessoas concentradas no castelo de Nória desde a morte da Rainha Makeda e nunca em toda história de Lenória essa mesma multidão era composta inteiramente por aventureiros. A Rainha Melissa, Imperatriz de Lenória, avistava todos e lembrava que há menos de um ano também era aventureira, que não precisava vestir aquele vestido vermelho pomposo nem cuidar - tanto - de seus cabelos escarlate que teimavam em ressaltar suas sardas. Naquele tempo lutara ferozmente contra Samael, filho de Bahamut O Rei dos Dragões, e salvara Ethora de tal ameaça. Assim esperava.

Agora era de suma importância reunir os Anéis de Nibelungo, responsáveis pela ascenção de Samael, e impedí-los de cair em mãos erradas, afinal, ela não podia deixar que o sacrifício deles fosse em vão. Especialmente o sacrifício dele. E aí entram as centenas de aventureiros nas portas de seu castelo, eles deviam reunir informações sobre o paradeiro dos anéis ou até recuperá-los. Agora era a responsabilidade caia sobre eles. A Nova Geração se formava. Respirou fundo e, magicamente, falou para que todos ouvissem.


“Sejam bem vindos, aventureiros. Estão aqui hoje pois Ethora precisa de vocês. Pode ser verdade que política e tráfico de informação controlam e regem nosso mundo. Mas mudanças... essas são feitas por NÓS, Aventureiros. Apesar de me incluir entre vocês, meu tempo já passou. Ethora precisa de novos heróis, com novos ideais e novas esperanças. E esses, assim espero, serão vocês.”
Lenória em conjunto com Linkin Valley hoje instaura oficialmente o Exército Invisível e Tático - E.X.I.T., uma tropa de elite composta por grupos de aventureiros independentes entre si, financiados pelos dois governos sendo seu único objetivo é evitar que Ethora veja o apocalipse de perto outra vez. Aqueles interessados dirijam-se aos oficiais, que se encontram as portas do castelo, eles farão seu registro e entregarão este pingente - Ela exibe um simples colar com um camafeu, que exibe os símbolos de Lenória e Linkin Valley e a um comando mágico, exibe um pequeno holograma do usuário e suas informações de registro - que será sua única maneira de identificação como um membro do E.X.I.T. É de suma importância que mantenham seus pingentes ocultos, eles só deverão ser usados em última hipótese, para fins de identificação entre os membros. O E.X.I.T. Deve permanecer icógnito a todo custo. Será negado o conhecimento da existência do E.X.I.T. Pelos governos de Lenória e Linkin Valley se questionados por outros reinos. Todos os outros, se dirijam aos magos a minha esquerda para terem suas memórias sobre esta tarde apagadas por magia. Boa Sorte a todos.”

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A noite já agonizava em suas horas finais, mas os dois aventureiros continuavam a discutir compenetradamente planos de batalha e os cursos de ação que deveriam tomar a partir de então. O mais falante, que conduzia a conversa com sua fala arrastada, própria de alguém vindo do interior, era um humano de corpo esguio, de pele escura devido aos anos de maltrato sob o sol. Nas suas costas, seu velho arco, que, quando batalha ou caça, maneja quase como se fosse uma extensão do seu próprio braço. O seu interlocutor, confinado dentro de sua armadura, negra de um modo que apenas as vestes de um clérigo de Brazen, deus do segredo e da escuridão, conseguem ser, se comunica na maior parte do tempo apenas com monossílabos e meneando a cabeça, exprimindo sentenças inteiras apenas para refutar argumentos do seu interlocutor ou apresentar possíveis novos caminhos a seguir. Devido à escuridão e ao fato de sua armadura cobrir seu corpo inteiro, exceto a porção superior de seu rosto, alguém dificilmente conseguiria perceber que a tonalidade de sua pele, na verdade, é de um roxo bastante escuro, quase negro.

Imperceptível a eles, escutando furtivamente em meio às sombras, estava o terceiro membro deste grupo singular. Após ouvir o suficiente para poder influenciar em seu favor as próximas decisões do grupo, ele decide se juntar aos outros, fingindo ter chegado apenas naquele momento. Como usual, ele parecia ter acabado de chegar de uma noitada: envolto em seu surrado casaco preto, usando uma cartola sobre seus cabelos pretos. A única coisa dissonante da imagem de um tradicional boêmio de Nória era a cimitarra em sua cintura.


“Ora, rapazes. Querendo me deixar de fora da conversa?” Começou Spiral Jacobs, retirando sua cartola e fazendo um meneio digno de um nobre entorpecido pelo vinho. “Acredito que posso acrescentar algo de interesse mútuo, então, o que me dizem?”
“Prossiga.” Direto e conciso. Silver sempre foi assim e não houveram reclamações em todos seus cento e poucos anos de existência. Jacobs fitava-o, como se esperasse mais do colega, quando finalmente percebeu que ele não diria mais nada, prosseguiu.
“Bom, na verdade...” Parou por alguns segundos, respirou fundo e seguiu “...A informação vai nos custar um pouco de ouro. O cara pediu...” Não pode terminar a sentença, pois temia que os perdigotos que se chocavam contra sua face achassem o caminho para dentro de sua boca.
“VAI TE FERRAR! Tu SUPOSTAMENTE devia ser o coletor de informações e NÓS temos que pagar?! Você é tão incompetente assim ou a partir daqui a cobra vai fumar?!” X Fox explodia assim com mais freqüência que o normal, mas Jacobs tinha o dom de irritá-lo com um simples 'Bom Dia' e era quase rotina Silver ser perturbado em meio a seu descanso para cuidar de um eventual braço ou nariz quebrado. Dessa vez, decidiu previnir o incoveniente.
“Isso é suficiente?” Entregando um pouco de ouro de suas economias, Silver acalmara os ânimos dos colegas. Jabobs tentou iniciar uma resposta negativa, mais foi interrompido por algumas peças de ouro sendo atiradas em seu rosto, cortesia de Fox.
“Ok, ok, volto já!”


A informação levara Spiral Jacobs, X Fox e Silver a um templo subterrâneo. Escondido em uma caverna oculta por algumas árvores caídas, numa floresta ao sudeste de Nória, além da fronteira com Silvéria. O Templo era guardado por armadilhas e emboscadas arquitetadas por humanóides esguios e de orelhas pontudas, seriam facilmente confundido com elfos selvagens se não fosse por sua pele negra como ébano e cabelos brancos como a lua.

Depois de algumas árduas batalhas, armadilhas vencidas e outras nem tanto, chegaram ao que parecia ser o salão principal da construção. No lado oposto ao portão por onde entraram havia um altar, existia algo nele, mas não conseguiam distinguir o que, pois luzes multicoloridas o cobria, obviamente alguma proteção mágica. Em três pontos da barreira, haviam silhuetas de mãos, convidando visitantes a tocarem-nas. Logo abaixo de cada silhueta jaziam cadáveres dos seres de pele negra, mortos de diversas maneiras: carbonizados, eletrocutados, afogados, etc.

Magia não era a única proteção do que quer que esteja naquele altar, a frente do mesmo haviam mais sete guardiões, um deles se destacava dos outros: Esta atrás de todos, sua formação insinuava que ele era protegido pelos demais, e suas vestes não eram guerreiras, vestia mantos negros com hieróglifos em prata. Magia fluía de suas mãos, e pouco depois do combate começar, fez a sala explodir em trevas. Era o líder deles e estava ali somente para impedir qualquer pilhagem.

A batalha seguiu árdua, mas quando Fox conseguiu por uma de suas flechas através do crânio do ser de mantos negros, não apenas a vitória parecia iminente, mas algo chamou sua atenção: Tatuagens surgiram na fronte de todos os elfos, como se houvessem sido ocultadas pela magia de seu líder. Um dragão mordendo a própria cauda circulando um diagrama. Não reconheciam o símbolo, mas após o fim do combate, dedicaram alguns momentos para memorizá-lo.

Após ponderar um pouco, os três decidiram colocar suas mãos nas silhuetas da barreira. Contaram até três para tocar as silhuetas simultaneamente, mas, no último segundo, Jacobs decidiu não tocar na barreira para descobrir o que aconteceria com seus "colegas". Para sua surpresa, nada aconteceu com eles, mas ele não teve a mesma sorte: Como se soubesse suas intenções, a barreira o arremessou longe, resultando em um braço e uma perna quebrados.


“Ugh, ok, dessa vez eu coloco minha mão junto com vocês.” Gemeu Jacobs, enquanto se mancava em direção a barreira.


Quando tocaram a barreira, ela brilhou intensamente, e eles sentiram seu corpo doer. Jacobs sentia como se tivesse sido arremessado, e de tamanha velocidade, o ar rasgava sua pele, o peito esquerdo lhe doía mais que o resto do corpo. Fox acreditava que seu corpo estava virando pedra, enrijecendo ao pondo de rachar, suas costas doíam como se fossem atingidas por picaretas. Silver não conseguia associar a dor que sentia a qualquer situação imaginável, sentia apenas solidão, desespero e aquela dor excruciante que parecia desintegrar seu corpo, começando pela mão direita.

A dor foi sumindo aos poucos e assim que conseguiram se mover, instintivamente, tentaram olhar nos pontos onde a dor foi mais intensa. Jacobs e Silver ficaram atônitos por um tempo. Reconheciam o simbolo que surgira em sua pele. A Estrela do Destino. A marca da maldição dos deuses. Eles sabiam que nada de bom aconteceria daqui em diante. Fitaram-se e tornaram sua atenção em Fox, que no momento tinha sua camisa por cima da cabeça, prendendo seus braços nela.

“Caras, O QUE DIABOS TEM NAS MINHAS COSTAS?!”

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A jornada de volta a Nória era quase um alívio, se não houvessem cumprido a missão. No altar, jazia um um tipo de pistola de pólvora. Era totalmente diferente das que era vendidas em feiras pelos anões de Helm. Depois de uma análise cuidadosa, Silver descobriu um compartimento cilíndrico, onde seriam colocados os projéteis, seis no máximo, e, quando se puxava o gatilho, o cilindro girava, provavelmente carregando o próximo disparo. Na pistola, podia-se ler entalhado no cano as letras “XIII”.

No cano da misteriosa pistola, havia um anel. Feito de ouro com inscrições em seu interior e um pequeno rubi encrustado no exterior. E estava encantado por magia poderosa. Pelas instruções que haviam recebido, definitivamente era um dos Anéis de Nibelungo.

Se não fosse pela maldição que agora carregavam, estariam comemorando seu sucesso. Mas não havia tempo para isso. Ao chegarem em Nória, resolveram não revelar toda a informação a Imperatriz. Queriam antes saber as intenções dela, afinal, tinha em sua posse um artefato poderoso.

Fox negociou com a Rainha Melissa sozinho, Silver ficara guardando o anel longe do castelo, e Jacobs, por algum motivo, recolheu sua presença no momento em que a majestade surgia. Fox descobriu que os anéis eram responsáveis pela ascensão de Samael, que podia realizar desejos impossíveis. A imperatriz temia que alguém ou algum reino ganancioso tentasse reunir os anéis para benefício próprio e não podia deixar que tudo pelo que ela lutou fosse destruído em vão. A “pistola” que encontraram, pertencia a um dos Seis que derrotaram Samael, na verdade era chamada de revólver, e tal peça altamente tecnológica pertencia àquele chamado de Bardiel. Quanto tinha a arma em suas mãos, a imperatriz estava cabisbaixa, Fox notou um pequeno brilho caindo de sua cabeça, uma lágrima, imaginou, para que logo em seguida ardesse em chamas. Fox comentou sobre a tatuagem nos guardiões do artefato. A Imperatriz por um momento ficou surpresa com a descrição, e mostrou, através de ilusão mágica, o símbolo exatamente como ele lembrava. Ela revelou que aquele era o símbolo de Samael, e que todos marcados por ele eram servos do vilão. Após conseguir que a imperatriz falasse, Fox revelou que eles tinham recuperado um dos anéis e convenceu-la a, em troca da entrega do anel, incluir ele e seus colegas em seu “Círculo de Confiança”, revelando então toda a verdade.

Fox se reuniu com seus colegas e expôs o combinado, então retornaram, dessa vez todos, ao encontro da imperatriz. Descobriram que outro grupo também havia encontrado um anel, e junto dele uma espécie de braço metálico, que a imperatriz revelou pertencer a outro do grupo dos Seis, desta vez era Krimsom. Jacobs foi rápido ao perceber que ambos anéis estavam escondidos em lugares que serviam de túmulos ou memoriais dos Seis, sendo assim o último lúgar onde a imperatriz procuraria. Assim decidiram seguir a Linkin Valley, pois lá reside o túmulo da outra mulher do grupo dos Seis: Luna.

Ao sair da sala do trono, onde conversavam com a imperatriz, para a sua surpresa, há outros três homens esperando por eles: Um homem careca musculoso, coberto apenas por mantos leves e alvos. Sua pele branca além de se encontrar avermelhada pelos maus tratos do sol, é coberta por tatuagens de símbolos de deuses diversos. Sentado no chão em posição de lótus e olhos fechados. Outro está de pé, encostado contra parede, seus olhos são tão negros quanto os cabelos que se estendem até seus ombros. Suas vestes são negras com detalhes e interior da cor de vinho, em seu sobretudo, repousam duas machetes finamente forjadas. Ele nota os três saindo da sala do trono e faz um sinal com a cabeça que interrompe sua conversa com um terceiro, que imediatamente se vira para os recém-chegados.


“Então vocês devem ser nossos rivais, correto? Saudações, me chamo Knell Bell II.”


Knell é um jovem loiro de corpo atlético. Veste uma armadura visivelmente da melhor qualidade. Ele deixa escapar um sorriso de satisfação ao estender a mão para cumprimentar Fox, que se encontra a frente de seu grupo. Quando seu gesto é ignorado, sinaliza para seus colegas que, enquanto ele remove a peça de armadura que cobre seu ombro direito, revelam algo interessante.

O homem de vestes negras vira as costa e levanta seu cabelo, deixando a mostra uma Estrela do Destino em sua nuca. O homem careca se levanta e, com um movimento, as ataduras de seu pé direito se desamarram e mostram a marca em seu pé. Por fim, Knell mostra seu ombro direito onde se localiza a sua marca.


“Então, podemos conversar?” Sorri novamente Knell.


Eles descobrem que aqueles três foram os responsáveis por recuperar o braço metálico e o outro anel. O homem de vestes negras é conhecido como Rogue e o careca se chama Alexander. Eles também estão de partida para Linkin Valley, com o mesmo objetivo, e convidam Fox, Jacobs e Silver para viajar com eles.


"Mas antes de tudo" Diz o jovem de vestes negras "Permita que nos apresentemos, não é, Sr. Bell. Respondo pela alcunha de Rogue, e atuo na área de Erradicação de Existências Inconvenientes. E esse cabeça de rola aqui..."
"Eu posso me apresentar sozinho, verme traiçoeiro." Retruca o robusto homem careca enquanto se levanta, faz uma reverência e continua "Fui batizado com a graça de Alexander pela Irmandade Branca, a qual sou fiel servo. E antes que perguntem e eu seja forçado a responder, não estou em algum monastério da Irmandade no momento pois estou usufruindo do meu direito de Peregrinação, onde sou permitido a viajar pelo mundo por quanto tempo achar necessário, até atingir a Iluminação."
"É obrigado por que foi besta" Rogue espalha seu veneno.
"A culpa é sua seu desgraçado, você que nos levou até a cabana daquela bruxa maldita com a promessa de boas informações! E o que nós conseguimos?! Uma bela de uma maldição pro otário aqui!"
"A culpa é minha se você disse na cara da mocréia que ela era feia?! Você podia ter ficado calado seu cabeça de pica!..." A partir daí, os dois aparentemente esqueceram que tinha companhia e começaram o duelo verbal. Knell sorriu e completou:
"Haha! Eu digo a vocês, se um dos dois fosse mulher ou os dois fossem bichas, estariam se chupando agora." Ao terminar a frase, Knell apontou para o nada, como se esperasse alguma coisa. E algo veio, um uníssono "Vá tomar no cu!". Sorriu novamente e prosseguiu:
"Haha! Então cavalheiros, o que acham de nossa proposta?"


Após uma breve conversa, eles decidem aceitar a companhia dos outros três, afinal, eles também possuem a marca, então provavelmente querem as mesmas respostas que eles.

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A Imperatriz Melissa apreciava o por-do-sol, mas apenas por alguns segundos. A lembrança daquele símbolo tatuado nos guardiões do anel a assombrava. Será que não havia acabado? Teria sido o sacrifício dele em vão? Onde estariam Jake e Vernnus? Os dois únicos sobreviventes da Batalha de Samael além dela estavam desaparecidos a um ano. Será? Será?! Não podia ser, não tinha sentido! Sentiu o ódio tomando conta de seu corpo e ,sem perceber, chamas surgiam ao seu redor, carbonizando aos poucos a cortina. Sentia ódio e queria ele de volta, queria queimar aquele que o havia roubado dela. Tinha dois dos anéis em suas mãos, pensou em colocá-los nos dedos mas antes que tentasse sentiu a espada em sua cintura tremer. Era reprovação que a espada emitia. Lembrou daquele que arruinou sua vida e sentiu nojo daqueles sentimentos: Estava agindo como Herik. Respirou fundo. Lentamente as chamas ao seu redor apagaram. Assim que a última delas foi extinta um lagrima atravessou o rosto da Imperatriz, muitas outras vieram em seguida. A Imperatriz de Lenória não chorava, mas aquela não era a Imperatriz Melissa, apenas a jovem Myssa, que chorava por que só podia fazer uma coisa.





Esperar...

3 comentários:

  1. j00 g0t m4d wr1t1ng sk1lls!

    \o/

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  2. Só falta avisar que os dois paragrafos depois do discurso da Myssa foi o Igor que fez XD

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  3. Esse bagulho é o pipoco.

    Power to the people! \m/

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